O Citroën BX faz 35 anos. Ainda se lembra dele?
O dia 16 de Setembro de 1982 ficou marcado pela suspensão de uma caixa de madeira no último piso da Torre Eiffel, em Paris. A enorme caixa começou então uma lenta descida até ao primeiro piso do icónico monumento gaulês, sendo que por fora tinha uma única mensagem: "Aqui está o novo Citroën".
Deu nas vistas por culpa das linhas rectas e muito angulares, combinadas num desenho que na época era visto como futurista e à frente do seu tempo. O "pai" deste design foi Marcello Gandini, da Bertone, um dos nomes mais importantes da indústria e que tem no seu portfólio pessoal alguns dos automóveis mais elegantes alguma vez feitos, entre eles o Lancia Stratos, De Tomaso Pantera e os Lamborghini Miura e Countach.
Porém, e ainda que as linhas exteriores tenham sido bem recebidas pelo público, este Citroën BX destacou-se acima de tudo pelo conforto e pelo excelente comportamento em estrada, fruto da estabilidade proporcionada pela suspensão hidropneumática. Acima disto, o enorme leque de acabamentos disponíveis e a vasta gama de motores faziam com que este modelo agradasse a um público bastante diverso.
A sua produção chegou ao fim em 1993, com a chegada do Citroën Xantia. Durante os 12 anos "de vida" foram produzidas 2.315.739 unidades – 222.325 no centro de produção de Vigo – e nos finais dos anos 80 e início dos anos 90 "inundou" as ruas de Espanha, já que em 1988 foi escolhido pela polícia espanhola para "carro patrulha" (ver galeria acima).